terça-feira, 2 de maio de 2017

A forte turbulência eleitoral em França

A generalidade dos grandes jornais internacionais publicou hoje nas suas primeiras páginas uma fotografia dos confrontos havidos em Paris, como consequência das manifestações do dia 1 de Maio e da tensão política associada à 2ª volta das eleições presidenciais do próximo domingo.
É um bom exemplo de fotojornalismo, daqueles casos em que uma imagem vale mais do que mil palavras. Nessa fotografia, que nenhum jornal português publicou por ser cara ou por terem achado que não tinha interesse noticioso, um grupo de polícias luta contra as chamas resultantes de um ataque com um cocktail Molotov, a arma química incendiária que muitas vezes é utilizada em protestos urbanos. Sabe-se que vários polícias ficaram feridos, mas não há notícia de que tenha havido mortes.
Entretanto, a poucos dias da votação, as sondagens têm mostrado que as intenções de voto dos eleitores franceses dão a vitória a Emmanuel Macron com 59% dos votos, enquanto Marine Le Pen se ficará pelos 41%. Porém, as sondagens falham muitas vezes e a diferença entre os dois candidatos está a estreitar-se, com Marine Le Pen a subir e Emmanuel Macron a descer. Por isso, apesar do elevado favoritismo de Macron, há muita incerteza e os comentadores reconhecem que a França está dividida entre dois projectos muito diferentes para a França e para a Europa e que a luta pelo voto continuará até ao último minuto.
Os confrontos do 1º de Maio de que o jornal espanhol ABC reproduziu a expressiva fotografia na sua primeira página, são também uma consequência da tensão político-eleitoral em França e da ansiedade que percorre a França.

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