quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Os furacões e as alterações climáticas

Os estados americanos do Texas e da Louisiana têm estado sob os efeitos devastadores da passagem do ciclone tropical Harvey e, segundo mostram as imagens que nos chegam pelas televisões, há extensas zonas inundadas e muitas habitações destruídas. A cidade de Houston, que é a cidade mais populosa do Texas e a quarta cidade mais populosa dos Estados Unidos suportou ventos ciclónicos e em quatro dias fortes chuvadas que atingiram 127 centímetros de altura e inundaram extensas áreas da cidade.
A imprensa americana, nomeadamente o diário Houston Chronicle, tem considerado esta crise como uma calamidade impiedosa, pela destruição material provocada e pelas mais de duas dezenas de mortes que provocou.
Os furacões gerados no golfo do México que historicamente atingem o território americano, não resultam de circunstâncias meteorológicas novas, mas a sua ocorrência não pode ser separada da problemática das alterações climáticas ou, pelo menos, será essa a percepção de muita gente que não entende de meteorologia. Por isso, não deixa de ser curioso que os Acordos de Paris assinados em Dezembro de 2015 para travar as emissões de gases com efeito de estufa, responsáveis pelo aquecimento global e por muitas alterações ambientais, tivessem sido denunciados por Donald Trump, quando decidiu unilateralmente  abandonar os compromissos de Barack Obama assumidos nos Acordos de Paris.
Perante a calamidade provocada pelo Harvey, muitos americanos até vão pensar que tudo resultou da decisão do Donald.

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