terça-feira, 12 de setembro de 2017

A fúria do “Irma” abalou a Florida

Depois de ter deixado atrás de si um rasto de destruição sem precedentes nas Caraíbas, o furacão Irma atravessou o estado da Florida e a sua fúria causou estragos materiais de grande monta, embora a profecia do director nacional de emergências de que o Irma iria “devastar os Estados Unidos” não se concretizasse.
Os jornais relataram o que aconteceu no estado da Florida, com destaque para a retirada de cerca de seis milhões de pessoas das suas casas, o que constituiu a maior evacuação da história dos Estados Unidos e para o facto de mais de quatro milhões de pessoas terem ficado privadas de energia eléctrica.
Alguns relatos referem que, enquanto fenómeno meteorológico, o Irma ultrapassou todos os recordes em apenas 11 dias de actividade e deixou o estado da Florida irreconhecível, apontando-se que o valor dos prejuízos pode atingir os 240 mil milhões de dólares, que é sensivelmente o valor anual do PIB português.
Ontem, muitos dos moradores que se tinham retirado das suas casas começaram a regressar, até porque terão começado a verificar-lhe pilhagens em larga escala, apesar da situação ainda não estar normalizada e ainda haver muitas localidades a suportar cheias. Porém, é notável o espírito exibido por muita gente a "arregaçar as mangas" para começar a limpeza e a reconstrução das suas casas, bem ao contrário do que se passou em Portugal com a tragédia dos incêndios, em que toda a gente ficou à espera e a exigir a ajuda do Estado, ficando naturalmente à mercê daqueles que se aproveitam politicamente destas catástrofes.
Donald Trump tinha advertido de que o Irma seria um furacão de “proporções épicas” quando pediu à população que se afastasse do seu caminho. Agora que o Irma já passou, o Donald bem precisará de ir à Florida para ver que é melhor não arranjar sarilhos na Coreia do Norte ou na Venezuela, até porque a natureza tem maior poder destruidor do que as bombas americanas.

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