terça-feira, 7 de novembro de 2017

Donald Trump impôs o medo e a incerteza

No dia 8 de Novembro de 2016, com surpresa geral, os americanos elegeram Donald Trump como o 45º presidente dos Estados Unidos e, aos 70 anos de idade, tornou-se o homem mais velho de sempre a ser eleito para um primeiro mandato presidencial.
Apesar de só ter tomado posse no dia 20 de Janeiro de 2017, a passagem do primeiro aniversário da sua eleição está a dar origem ao aparecimento na imprensa internacional de balanços sobre o seu desempenho. Assim faz a revista alemã Der Spiegel na sua última edição, com uma sugestiva capa em que a onda de Trump parece arrasar ou inundar as instituições e a sociedade americana.
Os Estados Unidos estão mais divididos do que nunca quanto ao desempenho presidencial e numa recente sondagem da Gallup Poll, o presidente recebia apenas 35% das opiniões favoráveis, que é a mais baixa taxa de popularidade alguma vez tida por um presidente em exercício. Porém, o bom desempenho da economia americana e a ausência de uma oposição consequente que ainda não se refez da derrota de 2016, têm permitido que Donald Trump esqueça muitas das suas promessas eleitorais.
Porém, para muitos observadores, a política externa errática de Trump pode ter graves consequências para a Humanidade, devido às suas escolhas políticas, à sua fanfarronice e aos seus tweets incendiários e provocadores.
Na Europa, a popularidade de Trump também deixa muito a desejar e, segundo a Odoxa-Dentsu Consulting, quase 90% dos europeus têm uma má imagem do presidente americano. A grandeza e a respeitabilidade americanas que durante sete décadas foram a base da segurança global estão a ser corroídas por Donald Trump e os Estados Unidos já deixaram de ser uma referência para os europeus. O slogan “America first” tem dado muito maus resultados e os exemplos das más políticas de Trump sucedem-se por todo o lado, desde a Coreia do Norte à Síria, passando pelo muro do México, o Obamacare ou os acordos de Paris.
Trump trouxe o medo e a incerteza, quando todos precisávamos de confiança e de serenidade para enfrentar os enormes desafios do nosso planeta. Evidentemente que a América merecia melhor e o mundo também.

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