terça-feira, 2 de janeiro de 2018

A França aspira ser um árbitro global

O diário parisiense Le Figaro, que é um dos maiores jornais franceses e que se publica desde 1826, dedica a sua primeira edição do novo ano de 2018 às grandes questões da República Francesa e ao seu jovem Presidente.
No plano interno o jornal ressalta a necessidade do cumprimento das promessas eleitorais do Presidente Emmanuel Macron e a recomposição dos aparelhos partidários que ele próprio desbaratou em Maio de 2017, quando venceu as eleições presidenciais francesas com 66% dos votos. Além disso, o jornal destaca as reformas prometidas, o emprego, a economia e a justiça, a imigração ilegal e a ameaça do terrorismo islâmico como desafios a que o Presidente francês terá que dar respostas. 
No plano externo, o jornal recorda a grande vontade, ou até mesmo a ansiedade, com que Macron procura um papel mais influente da França na cena internacional e a fotomontagem que ilustra a capa da edição do Le Figaro é expressiva, ao colocar Emmanuel Macron ao lado, ou até mesmo à frente, de Donald Trump, Vladimir Putin, Angela Merkel e Kim Jong-un.
Numa Europa muito perturbada e muito dividida, onde a chanceler Merkel já perdeu o fulgor de outros tempos, o presidente francês procura maior protagonismo para o seu país e para si próprio. Por outro lado, também intervém no plano global e na renascida rivalidade entre russos e americanos que se vai acentuando, ao mesmo tempo que negoceia os produtos da sua poderosa indústria militar “com Deus e com o Diabo”. 
A França e o Presidente Macron aspiram a uma posição de árbitro, nomeadamente no apaziguamento da Coreia do Norte, no problema do futuro de Jerusalém, no complexo conflito do Médio Oriente ou na defesa dos Acordos de Paris para conter o aquecimento global.
C'est la France qui veut se lever! O jovem aspirante Macron quer mesmo ser promovido.

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