domingo, 20 de maio de 2018

A China e a sua aposta nos porta-aviões

O primeiro porta-aviões concebido e construído pela República Popular da China acaba de realizar cinco dias de provas de mar e já regressou aos estaleiros de Dalian, no nordeste da China. A notícia e a fotografia do navio apareceram nos maiores jornais chineses, como por exemplo no China Daily.
Actualmente, a Marinha chinesa apenas possui o porta-aviões Liaoning, que pertenceu à classe Kuznetsov da União Soviética e que foi adquirido em 2012, aparentemente para que os chineses pudessem aprender tudo sobre esse tipo de navios e os melhorassem, para que depois os pudessem construir, usar e e vender.
O novo porta-aviões desloca 50.000 toneladas, ainda navega sob o nome Type 001A e, segundo foi anunciado, é uma construção totalmente chinesa. Entretanto, em Xangai já está em construção um terceiro porta-aviões e os planos para construir um porta-aviões nuclear já estão em desenvolvimento.
Trata-se de mais um passo para reforçar a presença chinesa no mar da China e, também, no oceano Índico, onde os chineses já possuem uma base em Djibuti, oficialmente designada como base logística, mas também o porto de Hambantota no Sri Lanka que foi arrendado por 99 anos e o futuro uso do porto estratégico paquistanês de Gwadar, no mar Arábico, que estão a construir.
A China está assim a posicionar-se para dominar o mar da China, controlar Taiwan e disputar com a Índia o domínio do oceano Índico.

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