sábado, 19 de maio de 2018

Donald está a incendiar o Médio Oriente

A decisão do presidente americano de retirar os Estados Unidos do acordo sobre o nuclear iraniano e de transferir a embaixada americana de Tel-Aviv para Jerusalém, acelerou a espiral de confrontação no Médio Oriente, deteriorou a relação transatlântica e está a pôr em causa a anunciada cimeira com Kim Jong-un.
Na edição agora posta a circular, o Courrier International analisa a situação criada e dedica a capa ao Donald que classifica como le dynamiteur. De resto, são cada vez mais as grandes revistas internacionais que caricaturam o Donald e as suas constantes ameaças à paz, por paranóica obcessão ou por entender que o seu slogan America first se cumpre com os incêndios que vai ateando.
A política externa de Barack Obama é posta em causa todos os dias e agora, certamente por pressão de Israel, o Donald decidiu virar-se para o Irão e para o seu expansionismo regional, mas também para o Hezbollah e o Hamas, os históricos inimigos de Israel. Por agora, o Donald ainda não se envolveu directamente, mas já tratou de apoiar os falcões de Israel, inclusive usando o seu direito de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
A situação é preocupante e o que se espera, como aqui já foi escrito, é que os políticos europeus se saibam distanciar do Donald e façam tudo para evitar o agravamento da tensão no Médio Oriente.

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