quinta-feira, 10 de maio de 2018

Adeus a Dhlakama e paz em Moçambique

As imagens das cerimónias fúnebres de Afonso Dhlakama realizadas na cidade da Beira são, ao mesmo tempo, um sinal de profunda consternação pela morte de um combatente, mas são também uma afirmação de sentimentos democráticos e, ainda, de respeito por um adversário político. Moçambique está de luto porque em democracia, governo e oposição são as duas faces da mesma moeda.
O desaparecimento de Dhlakama é uma grande perda para Moçambique, porque se tratava de um homem empenhado na paz e na democracia, que soube lutar com coerência pelos seus ideais e que por eles preferiu o desconforto da serra da Gorongosa, ao conforto dos salões ou das avenidas ajardinadas de Maputo.
O governo moçambicano homenageou o seu maior adversário político com merecidas honras de Estado e o discurso do presidente Filipe Nyusi soube enaltecer o homem com quem discutiu a paz e a reconciliação nacional, mas o que mais se salientou nas cerimónias fúnebres terá sido a grande manifestação popular que uniu milhares de moçambicanos neste triste acontecimento.
O jornal O País destacou na sua primeira página essa multidão que disse adeus a Afonso Dhlakama. Agora cumpre aos seus sucessores e aos dirigentes da Frelimo continuar o seu trabalho por uma paz duradoura, pela coesão nacional e pelo progresso económico e social, honrando a memória e os contributos do presidente da Renamo.
Viva Moçambique!

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