sábado, 5 de maio de 2018

Vamos conhecer os nossos belos azulejos

Amanhã, celebra-se o Dia Nacional do Azulejo. Hoje, o jornal Público dedicou o seu suplemento Fugas ao tema do azulejo, ilustrando a sua capa com uma fotografia do painel de Jorge Colaço, que representa o Infante D. Henrique em 1415 na tomada de Ceuta e que foi instalado em 1915 na Estação Ferroviária de S. Bento, no Porto.
Sob o título Portugal, o país dos azulejos, o suplemento Fugas inclui alguns artigos em que o azulejo é destacado como a mais original contribuição portuguesa para o património artístico europeu e informa que está em preparação uma candidatura do azulejo português a Património da Humanidade.
A história do azulejo decorativo português só começa a ter expressão significativa em Portugal no início do século XVIII, quando entra nos palácios, nos conventos e nas igrejas, sendo nessa altura largamente exportado para o Brasil, onde decora conventos e igrejas na Bahia e em outras cidades brasileiras.
Das aplicações decorativas para servir a Igreja e a Nobreza, a utilização do azulejo passou a ter outras aplicações na arquitectura e na construção. No início do século XX a azulejaria portuguesa renasceu através dos trabalhos de Jorge Colaço, considerado o maior artista português de azulejos, mas na actualidade o azulejo está a recorrer a novas técnicas e novas aplicações. O suplemento Fugas diz que “está na altura dos portugueses voltarem a olhar os seus azulejos”. Concordo.
Porém, num mapa-roteiro da azulejaria portuguesa que está incluído no já citado suplemento, é indicada uma dezena de locais a visitar por causa dos seus azulejos, mas não são indicados alguns dos mais importantes painéis do nosso património azulejar como são o acervo do Museu Nacional do Azulejo, ou a Sala da Esfera do Hospital de S. José, ou os claustros do Convento da Graça em Torres Vedras, ou o mural da Avenida Calouste Gulbenkian em Lisboa, ou o Hotel do Buçaco, ou os murais do Pavilhão Carlos Lopes em Lisboa, ou o antigo Colégio do Espírito Santo onde hoje está instalada a Universidade de Évora, ou a capela-mor da igreja de Santiago em Estombar-Lagos e, muitos, mas muito mais que há por todo o país. Vamos, portanto, conhecer os nossos belos azulejos.

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